Joana com Sapo On The Hop

Já dizia o Marco Paulo "Oh Joana , pensar que estivemos tão perto!" E estamos! Perto dos acontecimentos, perto dos eventos. SAPO e Joana Alves em missão de cobrir eventos por esse país fora. Fica On the Hop

Quinta-feira, 26 de Julho de 2012

Bon Iver a esgotar o Coliseu do Porto

Coliseu do Porto cheio para ver Bon Iver. A banda deu um concerto intenso e cheio de emoção que ficará certamente para a história como um dos melhores do ano.


Mesmo antes das portas abrirem, os bombeiros já tinham entrado em ação, por uma fã ter desfalecido e deixado provas disso à entrada do Coliseu. Eram 20h e a fila já ia longa. Não tivéssemos na Rua Passos Manuel até se poderia pensar que estávamos em pleno festival. Houve os habituais empurrões e cada vez que uma frecha da porta abria soavam alguns gritos das pessoas que esperavam a sua vez para entrar. Um certo histerismo exagerado que contradizia as músicas calmas de Bon Iver. Abertas as portas começaram as corridas à primeira fila. Depois foi só apreciar a sala a ser composta por mais de 6000 pessoas. 

 

Às nove em ponto subiu ao palco Sam Amidon e a sua guitarra. Cabia ao cantor fazer o "warm up" para o concerto de Bon Iver. E que grande tarefa. Ele foi recebendo as últimas pessoas que chegavam e transformou a enorme sala do coliseu num espaço pequeno e acolhedor, como se fosse uma sala de estar, onde um rapaz de guitarra tocava umas canções aos amigos. Estava assim criado o ambiente. 

 

Com o seu jeito descontraído e atrapalhado, no meio das suas canções sobre histórias reais e do quotidiano, surpreendeu com as brincadeiras que fez com a sua voz e marcou o seu espaço naquela noite. Sam teve ainda a colaboração de dois músicos da banda Bon Iver, violinista e trompetista, em algumas músicas, que previa o que iria acontecer a seguir: uma perfeita simbiose entre muitos e distintos instrumentos. 

 

E pronto, quando as luzes do coliseu voltaram a apagar a magia aconteceu.

 

Bon Iver começaram com "Perth" e a primeira grande explosão veio na terceira música com "Towers". Do público ouvia-se "WE LOVE YOU". Depois, quase hipnotizados pelo jogo de luzes, pelo cenário, pelo talento dos 9 músicos em palco, o público deixou-se levar na viagem. 


Intenso, muito intenso, o concerto foi repleto de momentos altos. Ora em silêncio absoluto, ora em grandes explosões de emoções provocadas pelas letras e acordes de todo o alinhamento deste concerto. Por exemplo, na música "Holocene" foi provocado um momento "magnificent" e muitos não conseguiram controlar a emoção e chegou-se a ouvir alguns gritos durante a música, que depois terminou com um eufórico aplauso. Culpa destes americanos que, com um talento assim, demoraram uns longos quatro ano para pisarem as terras lusas. 

 

Em quase todas as músicas o público fazia de coro, mas, claro, "Skinny love" foi a mais cantada. Arrepios na pele, provocados pela música cantada pelos Bon Iver e por todo o coliseu. Choveram câmaras fotográficas, a rede ficou ocupada e muitos não puderam ligar para quem não estava naquele momento no Coliseu. No final ouviu-se um sentido "Thank you so much". 

 

Se a banda funcionava perfeitamente junta, as luzes deram ainda destaque aos músicos individualmente, para eles nos brindarem com um solo daquilo que melhor fazem. No final de "Skinny Love", Justin, o vocalista, ficou sozinho em palco e com as luzes centradas nele para tocar "RE: Stacks" e provocar mais um clímax neste concerto. 

 

O público estava mais que envolvido, vibrava com cada acorde, a sala estava cheia e muito quente. Mais uma fã não aguentou a emoção e fez a equipa médica voltar mais uma vez à ação. 

 

E o espetáculo continuou com "Creature Fear" e "Team" e claro que num concerto em Portugal não poderia ficar de fora do alinhamento a música "Lisbon, Oh". Seguiu-se  "Beth/Rest", que antecipava o final do concerto. 

 

Mas até ao final ainda houve tempo para um cover da música "Who is it" da islandesa que falhou o Primavera Sound, Bjork. 

 

O concerto terminou com "The Wolves (Act I and II)" a comprovar a perfeita união entre o público português e a banda norte-americana: "What might have been lost" foi entoado em coro criando o mais bonito momento do concerto. 

 

O espetáculo musical chegaria por si só, mas a decoração de palco, o jogo de luzes, o ambiente do público tornaram este concerto ainda mais especial. Certamente este momento ficará na memória de quem lá esteve para todo o sempre. Para aqueles que não estiveram nem no Porto nem em Lisboa, ou para aqueles que querem repetir o momento há boas notícias: em Outubro voltarão a Portugal, desta vez ao Campo Pequeno. 

publicado por Joana - On the Hop às 19:49
Domingo, 22 de Julho de 2012

Anastacia: a Pamela Anderson do Marés Vivas 2012

Anastacia foi a Pamela Anderson do Marés Vivas, e não querendo levar as coisas muito a peito, ambas estão a passar a ternura dos 40 e em muito boa forma.


Se havia pessoas equipadas com t-shirts do clube de fãs, agarradas à primeira fila desde o início do dia, outros custavam admitir que gostavam da americana. A verdade é que quase todos acabaram por se render ao soul da Anastacia, não fossem músicas como “One day in your life”, “Not that kind” ou “Sick and Tired” nossos guilty pleasures.

Bem-humorada e a dialogar com o público, a loira apresentou-se descontraída, rui-se e fez rir. Nem uma falha do microfone na canção “Deeper Love” fez quebrar a sua boa disposição.

E claro, também foi lamechas, também cantou as baladas “You’ll never be alone” ou “Left outside alone” e claro que o público cantou com ela e no final ouviram-se gritos histéricos, tudo muito normal.

Por fim levou-nos a 1999 ao seu primeiro êxito “I’m outta love”. Assim, sem surpresas, ficaram as dívidas pagas da Anastacia e dos seus “freaks” da primeira fila (mas não foi deixada gorjeta). 

publicado por Joana - On the Hop às 02:15
Quarta-feira, 18 de Julho de 2012

Mas quem são estes gajos, carago?

Pois é, pouco importa. E é mesmo para obrigar ao público a fazer esta pergunta que existe este palco.

Assim, ao final da tarde, apresentaram-se no palco Moche um vocalista vestido de robe, um baixista despenteado, um guitarrista com óculos de sol e um baterista em tronco nu. Depois de muito questionar, descobrimos que são os The Lazy Faithful, que muito pouco preguiçosos mostraram a credibilidade desta ainda pequena banda. Não me admiro se os vir no próximo ano a tocar no palco em frente. O público estava a vibrar com o concerto como se de um cabeça-de-cartaz se tratasse. E foi ao som do rock que os primeiros festivaleiros foram recebidos no Cabedelo. 

A banda saltou dos bares do Porto para o palco de Gaia e provocou a primeira onda do Festival Marés Vivas. A contar pela inauguração deste palco podemos contar com agradáveis surpresas no panorama da música nacional. 

publicado por Joana - On the Hop às 22:33

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